Quais os erros mais comuns que os tutores dos cães cometem com os animais

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Da mesma forma que os pais podem cometer erros na educação de um filho, tutores de animais domésticos devem ficar atentos na criação dos cachorros. E para evitar que o excesso de cuidado e boa vontade, somados a inexperiência e falta de conhecimento resultem em atitudes que não ajudam no bom comportamento e saúde do animal, há profissionais que oferecem ajuda na questão.

Celebrado nesta segunda-feira (14), o Dia Nacional dos Animais pontuamos onze erros comuns que os tutores de cães cometem, segundo o adestrador Leandro Medeiros Neris, responsável pelas áreas de cursos e adestramento da CKA Canil, em Praia Grande (SP).

1 – Adotar pela aparência
O ditado “nunca julgue o livro pela capa” também serve para os cachorros. Muitas vezes, o tutor diz que “o cachorro o escolheu”, por ser aquele cão ser o mais animado na hora da procura. Selecionar um cachorro “alfa”, porém, tem suas consequências, diz o adestrador. “É sempre bom conhecer o comportamento do pai e da mãe, do macho e da fêmea e, se possível, um histórico dos outros filhotes que os pais do cachorro tiveram. Os cachorros alfa podem ser mais difíceis de se ligar em questão de comportamento. Há de se impor limites, ter as rédeas mais curtas”, afirma.

2 – Cuidado com a punição
“Nunca se deve bater, e sim corrigir”. Se o cão fez algo errado, uma atitude agressiva não é recomendável. Deve-se, sim, no entanto, “dar uma consequência negativa para o comportamento negativo”, segundo Leandro. Para isso, a forma correta da correção seria a “submissão alimentar”, aponta. “Só o simples fato de tirar a comida na hora, ele já vai começar a ver que fez algo errado e cria essa associação”.

3 – Deixar o cão sozinho por muito tempo
Quando mais tempo o cachorro passa sozinho, mais contato com a sua natureza canina ele tem. Além da tristeza e da saudade, isso pode causar um comportamento mais “animalesco” e menos sociável. “Ele passa a adquirir um comportamento primário, de instinto. O cão, por mais que seja domesticado, é um animal. Para ele sobreviver, vai aguçar alguns pontos. Quando fica só, sem contato, comportamentos de defesa e agressividade ficam maiores”.

4 – Caminhadas muito longas
caminhada não pode durar mais, dependendo da raça, de cinco ou dez minutos”. Essa dica de Leandro vai para os cães menores. De acordo com ele, “quanto menor o focinho do cachorro, menor a refrigeração”, e isso causa consequências ruins se o exercício foi feito em demasia. O cuidado deve ser redobrado ainda mais por conta das altas temperaturas de algumas épocas do ano. “Principalmente no litoral”, recomenda. O adestrador recomenda levar água gelada para o pet e diz que, para cães de mais resistência, o período do passeio pode ser de 20 ou 30 minutos de caminhada. “Mas no começo da manhã ou fim de tarde, quando o sol não está tão forte”, avisa.

5 – Alimentação na hora certa
Deixar o pote de ração sempre cheio não é recomendável, segundo Leandro. “Pode entrar insetos e contaminá-la. Isso também causa um comportamento negativo. Ele nunca vai te respeitar, pois tem a comida na hora que quer”. De acordo com a disponibilidade financeira de cada um, o ideal é sempre dar a ração de duas ou três vezes ao dia, diz.

6 – Espere para dar água e comida depois de exercícios
Os cães, quando ingerem água e comida, acabam por levar muito ar ao estômago. Por essa razão, só se deve supri-los quando a respiração já estiver normalizada depois de uma caminhada, por exemplo. “Água em abundância, só depois de cinco minutos. Alimentação, depois de uns 20. O cão precisa estabilizar a respiração”, afirma.

7 – Cuidado com as roupinhas 
O tutor pode achar bonito, mas as roupinhas podem causar calor para o cachorro. “A não ser cães que tenham uma pelagem muito curta e você esteja levando para um lugar frio, o ideal é ver se não atrapalha a temperatura corporal do cão, pois eles já tem a pelagem natural”.

8 – Brinquedos também exigem atenção
Outro acessório que não se deve comprar “por olho” é o brinquedo, de acordo com o adestrador. “Existe o produto correto de acordo com a raça. Se não for o correto, a adaptação não é a mesma, por conta de tamanho, resistência do material, mordida e textura”.

9 – Primeiro a limpeza, depois o odor
shampoo também pode variar de cachorro para cachorro, diz Leandro. “Os cães mais claros têm tendência a serem mais alérgicos, então é melhor um shampoo mais neutro, sem tanta preocupação com o cheiro”.

10 – Não interfira na memória olfativa
De fato, deixar o cão cheiroso demais pode ser um problema. A memória olfativa do cão é muito forte e o guia em bastante atividades do dia a dia. Deve-se evitar, então, que o próprio cheiro dele atrapalhe uma de suas principais características. “Se você cuidar de um cão até seis meses, um ano, ele vai te reconhecer até o fim da vida, e ele lembra disso pelo olfato”, reforça Leandro.

11 -Guia e coleira têm de ser sinônimo de resistência
Ninguém gosta de imaginar o cachorro fugindo de casa ou se perdendo dos tutores. Estar preparado para uma situação dessas, porém, é essencial. Para isso, colares de identificação são as melhores pedidas, mas é necessário ter alguns cuidados. “Muitas vezes você tem um cão forte e, com um material que você nem sabe a procedência, o colar pode se romper”.

Fonte: ANDA (Agência de Notícias dos Direitos Animais), disponível em: http://www.anda.jor.br/14/03/2016/saiba-quase-sao-os-erros-mais-comuns-que-tutores-de-caes-tem-com-os-animais

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