Se apaixonar por uma causa, como a gente se apaixona por alguém. De “corpo presente”, com envolvimento e não apenas no discurso. Acreditar que se pode fazer diferença – e decidir fazer. Entre o blá, blá, blá e a ação, um abismo de pseudo bem-intencionados superficiais. Um exemplo de causa apaixonada, com resultados concretos, que a gente admira e se orgulha de ter por aqui, é a da ONG VIVA BICHO. A frase-mantra cutuca e sintetiza bem o espírito do trabalho dessa organização: POR RESPEITO À VIDA.
Agora, se tem algo que a gente abomina, é o cinismo estúpido dos que menosprezam qualquer atitude e emoção que não seja direcionada a “causas mais nobres”. Comparam cachorros com crianças, como se a desolação de existir violência infantil devesse impedir alguém de se importar e escolher dedicar seu tempo aos animais.
O fato é que existe uma linha tênue, entre nosso grau de tolerância e passividade diante de todo desrespeito a qualquer forma de vida, e o abandono infantil. Quanto mais desenvolvido um país, mais conscientes quanto sua responsabilidade como seres humanos são seus cidadãos. O curioso, é que essas pessoas prontas a julgar com gracinhas e descaso, são as mesmas que nunca visitaram um orfanato ou abrigo. Seguem de braços cruzados, sem causa nem paixão.
Fonte: http://www.vickyale.com.br/2012/07/de-que-raca-voce-e-humana-ou-desumana/